TV por assinatura dublada: não fuja dela, você pode até gostar dela.

o FX é o mais novo canal a entrar na festa da programação dublada. todos os programas (com exceção de Dexter e Spartacus – que estreia hoje, 7 de agosto) vão ter áudio em português por default. e não adianta fugir, a dublagem nos canais por assinatura é uma viagem sem volta. or is it?

na FOX, que já é dublada faz alguns anos, dois programas são exibidos legendados: The Glee Project (o que faz um certo sentido, já que passa aqui duas semanas depois dos EUA – apesar de The Walking Dead ter passado dublado, e com dois DIAS de diferença pros EUA!) e Modern Family (cuja 1ª temporada passou dublada, mas a 2ª é legendada). mas bem que ouvir o sotaque da Sofía Vergara é muito bom…

e você pergunta: por que esses canais estão fazendo isso? uma palavra: audiência. todos os canais de TV, públicos ou privados, abertos ou a cabo/satélite/fibra/o que for, precisam de audiência. e o principal mecanismo aqui no Brasil para atrair a audiência nos canais por assinatura que passam séries americanas é falar a língua do público. literalmente.
sabe qual é o canal por assinatura não-familiar e não-esportivo mais assistido? a TNT, cuja programação é toda dublada. qual o segundo colocado entre esses canais? a FOX, que é toda (menos The Glee Project e Modern Family) dublada. o terceiro? Megapix, todo dublado (na verdade, o terceiro é o Viva, mas estou falando de canais com programação majoritariamente estrangeira, o que não é o caso do Viva). e o canal premium líder de audiência é o Telecine Pipoca, também todo dublado.

com essa audiência toda, mais canais querem entrar no bonde. a Warner já passa filmes dublados (as séries ainda são legendadas), o Universal Channel passa alguns filmes dublados (outros filmes, assim como todas as séries, são legendados), o Space passa quase toda sua programação dublada, o Studio Universal passa alguns filmes e Fairly Legal dublados, os canais da Sony Pictures (Canal Sony, AXN e Sony Spin) todos passam filmes dublados e o Sony Spin está começando a passar séries dubladas, como Lost Girl e Teen Wolf. e isso, dizem por aí, vai ser só o começo.

pra minoria barulhenta que prefere programação legendada, um consolo: a FOX já disponibiliza áudio original e legendas para os seus programas nas operadoras digitais (mas isso também depende da operadora) – e isso pode ser esperado para um futuro próximo para o FX, e a recíproca é verdadeira para o Telecine Action, que agora tem a opção da versão dublada, mas com áudio original e legendas ligadas por default.

claro, às vezes as coisas se perdem na tradução, outras acabam sendo adaptadas para serem mais relevantes ao público daqui. mas pense um pouco, se o público em geral não gostasse de conteúdo dublado, os canais nem se dariam ao luxo de colocá-lo dublado em primeiro lugar. e outra, se o conteúdo dublado fosse tão odiado quanto parece, não teriam tantos pedidos de Nerdcasts de entrevistas com dubladores.

MTV aos 30: por favor, não insista em pedir que eles passem clipes

no dia 1º de agosto de 1981, há exatamente 30 anos, nasceu nos EUA a MTV: Music Television (que em 2010 passou a se chamar apenas MTV  e a sigla passou a ter tanto significado quanto “ESPN”, “GNT” e “VH1”, ou seja, nenhum), com estas imagens:

 

mas a MTV não vai fazer festa para os seus 30 anos. o motivo? ela ser mais velha do que o seu atual público. e também o quão diferente a MTV de 2011 é da MTV de 1981.

enquanto a MTV de 1981 basicamente passava videoclipes, a MTV de 2011 passa basicamente reality shows – como Jersey Shore, Grávida aos 16, Teen Mom, Teen Mom 2, (cada uma delas com as participantes das 2 primeiras temporadas de Grávida aos 16) e Na Real (que, aliás, faz tempo que não passa aqui no Brasil) – apesar de também encarar o ramo de séries de ficção – como a versão americana de Skins (cancelada na 1ª temporada), My Life as Liz (sim, é uma série com roteiro, mas com cara de reality show – todo o elenco interpreta a si próprio) e Teen Wolf (baseada no filme “O Garoto do Futuro”, já renovada para uma 2ª temporada, e que vai ser exibida aqui no Brasil no Sony Spin).

claro, ainda tem videoclipes na MTV americana, mas eles ficam basicamente nas manhãs da MTV e MTV2, num bloco chamado AMTV (AMTV2 na MTV2). e o “120 Minutes”, o programa indie-experimental da MTV, acaba de voltar às TVs americanas, através da MTV2. e sabe quem mais vai voltar? Beavis & Butt-Head! sim, eles vão voltar com inéditos ainda este ano. mas será que esses episódios novos vão ser tão bons quanto os antigos? veremos.

“e a MTV Brasil?”, você me pergunta. aí é um bicho bem diferente de matriz. eles ainda têm uma pegada mais alternativa até que a da MTV2 americana, insiste em passar clipes no horário nobre (inclusive o “Não tem clipe, mas é legal”, que passa músicas sem videoclipes, o que é um conceito interessante, mas não pro horário nobre), insiste também no modelo do Portal MTV (aliás, todo mundo aqui no Brasil insiste no modelo de portal) e o que mais se aproxima da MTV de hoje ao redor do mundo é o Acesso (se você não contar os eventuais clipes) e o Colírios Capricho.
tá certo que a MTV Brasil foi a segunda MTV do mundo a abandonar o título de “Music Television” (a primeira foi a do Canadá, que nem pode ser “Music Television” por causa das políticas de proteção de formato nos canais a cabo de lá), mas ela não acompanhou as mudanças na grade da matriz, ao contrário das outras MTVs ao redor do mundo (todas as MTVs do mundo são controladas pela Viacom, com exceção de duas franquias: Canadá – controlada pela Bell Media, dona da rede de TV CTV e do MuchMusic, antes o equivalente canadense à MTV, hoje um cruzamento entre a MTV EUA e o Boomerang América Latina – e Brasil – parte da Abril Mídia).
talvez seja o fato da MTV Brasil estar em sinal aberto (uma das duas MTVs do mundo em TV aberta, a outra é a MTV Itália, joint-venture entre a Viacom e a Telecom Italia) que atrapalhe um pouco as coisas (principalmente com o horário reality shows e de Skins US – que tem classificação 16 anos). mas talvez a imagem da MTV Brasil como “canal indie” também tenha sua parte.

vamos dar os parabéns pra matriz e dizer “MTV Brasil, aprenda” ou “Abril, aprenda” ou mesmo “Viacom, aprenda, compre a propriedade intelectual da MTV Brasil e relance ela no cabo”.

Gowalla: que nem o foursquare, só que melhor. “or is it?”

todo mundo hoje em dia está falando do (e usando o) foursquare. mas pros antissociais que leem o blog, eu vou explicar: o foursquare é um serviço em que as pessoas compartilham onde estão no momento com os seus amigos, dão dicas sobre esses lugares e tem o elemento “jogo” do serviço, com a possibilidade de alguém ser o “prefeito” daquele lugar (a pessoa que fez mais check-ins nesse lugar por um determinado período) e poder acumular badges (“distintivos”) dependendo do que você faz. mais recentemente, vários locais passaram a ter a possibilidade de oferecer vantagens para quem for o “prefeito” ou tiver feito “x” check-ins em “y” dias naquele local.

mas tem um serviço parecido com o foursquare, mas diferente: o Gowalla também pode ser descrito como um “guia de viagem social” e também é cheio de elementos de jogo, mas a interface é muito mais agradável (principalmente nos aplicativos móveis para iOS – iPhone e iPad, Android, HP webOS, smartphones BlackBerry e Windows Phone 7). por exemplo, quando você se cadastra no Gowalla, você não faz um “perfil”, você faz um “passaporte” (e a tela inicial dos apps do Gowalla de fato lembra um passaporte), e depois que você faz um check-in, o programa inclusive “imprime” um “recibo” do seu check-in. Além disso, os check-ins são feitos com o GPS ou a triangulação da rede móvel (para você provar que está, de fato, naquele lugar), enquanto que no foursquare, dá pra fazer um check-in em um lugar a dezenas (ou mesmo milhares) de quilômetros de onde você está realmente.

além disso, enquanto você acumula badges no foursquare, no Gowalla você acumula pins (para os países e regiões que você visitou ou viagens que você fez, além de tarefas – aqui chamadas de “desafios” – realizadas no serviço), selos (para os lugares – ou “spots” – que você visitou (e os selos personalizados, feitos pela equipe do Gowalla, aparecem na versão web do passaporte junto dos pins), e itens que você acumula em vários lugares (normalmente em edições limitadas em algumas dezenas de milhares).

fora que, enquanto que no foursquare você pode dar na web dicas sobre um determinado lugar, no Gowalla você também pode fazer isso, mas também dá uma categoria para essa dica – ou highlight, “destaque” – como, por exemplo, “Wi-Fi grátis”, “meu inferno particular”, “segredo mais bem-guardado” ou até mesmo “WTF”, o que facilita para os visitantes saberem se tem alguma coisa interessante nesse lugar.

se não tiver um “spot” onde você estiver, pode criar um, mas só pode fazer isso enquanto você estiver lá, através dos apps móveis (o que até faz um certo sentido, já que logo quando você cria um “spot”, já determina a posição no mapa), mas depois que você criou o spot, pode editá-lo a qualquer momento pela web. além disso, o Gowalla também pode ser integrado ao foursquare. isso mesmo que você leu! se o “spot” tiver uma identificação do foursquare cadastrada, você pode fazer check-in nesse lugar tanto no Gowalla quanto no foursquare usando o app do Gowalla.

o problema do Gowalla? além do fato de atualmente ter menos usuários que o foursquare, é que (exatamente por esse motivo), as promoções para pessoas que fazem check-ins no Gowalla ainda são poucas, fora que não existe (que eu saiba) um sistema de localização de ofertas em “spots” próximos, ao contrário do foursquare, que tem um link pras ofertas na vizinhança logo na seção de locais dos apps.

o Gowalla é interessante, fácil de usar (mas nem tanto para criar “spots”) e divertido. só precisa ser mais difundido e melhorar seus sistema de ofertas para as empresas.
e só um jabá meu aqui: me add no foursquare e no Gowalla, plz!

desconstruindo os intervalos na TV por assinatura (ou: “por que esses intervalos existem em primeiro lugar?”)


a Anatel está pensando em impor aos canais a cabo/satélite o mesmo limite de publicidade dos canais abertos: 25% da sua programação (ou 15 minutos por hora, em média). à primeira vista, uma boa ideia. porém, ainda tem gente que quer acabar com os comerciais nos canais nessas plataformas, uma vez que dizem que “se é por assinatura, não devia ter comerciais”. acontece que isso não funciona bem assim como eles pensam.

não sei se vocês sabem, mas existem dois modelos principais de canais a cabo/satélite/fibra/o que for:
canais básicos: ao contrário do que você pode pensar, não são aqueles que estão no pacote que tem menos canais da sua operadora, mas aqueles que fazem parte de um pacote qualquer dessa operadora e são financiados não apenas pelo que a operadora paga por assinante para ter esses canais na sua infraestrutura, mas também por publicidade. ainda assim, existem alguns canais básicos que não têm comerciais, como o canal Nick Jr. e (até algum tempo atrás) o TCM.
canais premium: aqueles que são cobrados à parte, como a HBO, a Rede Telecine, os canais pornô, o Combate e o PFC Premiere FC. na teoria, eles são financiados apenas pelas assinaturas e não têm comerciais. mas na prática, como o número de clientes de TV por assinatura ainda é pequeno no Brasil, esses canais têm comerciais para fechar as contas, porém em um número reduzido em comparação com a maioria dos canais básicos.

o outro motivo pelo qual muitas pessoas rejeitam comerciais no cabo/satélite/whatever, além de não estarem disponíveis no sinal aberto, são os abusos cometidos por alguns canais, como a Warner, que coloca uma hora (ou mais) de comerciais durante seus filmes (que, ao contrário da TNT, que também é, de certa forma, culpada disso, exibe seus filmes na íntegra, em sua versão de cinema). aqui no Brasil, estamos acostumados a ver filmes na TV aberta com apenas quatro intervalos (mesmo que a Globo exiba as versões de TV dos filmes, editadas não pela Globo, mas pelos estúdios). (obs.: eu não sei qual a frequência e duração dos intervalos nos filmes de canais básicos no exterior)
porém um outro motivo dessa rejeição talvez seja a frequência dos intervalos. a mesma Warner exibe suas séries com o mesmo número de intervalos que os canais de origem nos EUA. porém esses intervalos são mais curtos que os normalmente vistos na TV aberta brasileira no horário nobre (e bem mais curtos que os intervalos da RedeTV!), e têm a mesma duração média de um intervalo do Jornal Nacional. enquanto isso, a FOX e o Universal Channel costumam abrir mão de dois intervalos nas suas séries de uma hora, e para compensar isso, esticam os intervalos restantes. já o Glitz* tira um intervalo de Gossip Girl, porque o canal tem intervalos entre os programas, ao contrário de muitos canais (inclusive da própria Turner, divisão da Time Warner que controla o canal), que vão direto de um programa para o outro.
e o excesso de chamadas que muitos de vocês também reclamam nos canais? é justamente pela falta de anunciantes nos intervalos desses canais. compare um intervalo do canal no horário nobre com um intervalo fora do horário nobre pra você ver a diferença.

e vocês ainda vão dizer: “mas o Canadá e vários países da Europa já limitam os comerciais por hora!”. e, de fato, fazem isso. mas é para proteger as suas TVs públicas (que lá, concorrem em pé de igualdade com as TVs privadas), que ou têm intervalos ainda mais limitados (nos casos do Canadá, Portugal, França e Alemanha – nesses dois últimos países, a programação das TVs públicas não tem comerciais depois das 20:00), ou simplesmente não têm comerciais (como no Reino Unido, Espanha e países da Escandinávia), financiadas pela União, por uma taxa cobrada das TVs privadas e/ou por uma taxa cobrada anualmente de quem tem pelo menos uma TV (ou qualquer dispositivo que pode receber os serviços da radiodifusora pública) em casa – o pesadelo das pessoas que têm seus Tweets publicados no Classe Média Sofre.

ainda temos outro fator para essa rejeição: os infomerciais (aqui no Brasil, mais especificamente, os da Polishop). tenho uma coisa pra dizer pra vocês: infomerciais existem em canais por assinatura básicos em quase todo o mundo. muitos canais fecham as contas vendendo espaços para eles nos horários de baixa audiência (como as madrugadas e o começo das manhãs), ou você acha que eles iriam fazer como a Band, que vende 25-30 minutos (mas já foram mais) do horário nobre pro R. R. Soares? e eles também estão presentes, em versões mais curtas, nos intervalos dos programas (porque, em vários canais, esses espaços são mais baratos). e o Brainstorm9 inclusive fez um post falando sobre comerciais desse tipo com famosos (ou ex-famosos) nos EUA.

é bom pensar em todos esses fatores e em algo que satisfaça TVs, anunciantes e telespectadores. pra mim, o negócio é a Warner ter bom-senso e pegar leve no número de intervalos dos filmes, só pelo costume daqui mesmo.

#prontofalei

gdgt: suas bugigangas agora têm sua própria rede social

hoje em dia, existem redes sociais para quase tudo. além do todo-poderoso trio formado por Twitter, orkut e Facebook, existem redes para leitores, para o pessoal que sai direto, para o pessoal que não sai, para os seus gadgets…
”para os meus gadgets?”, você pode me perguntar. e eu respondo: sim, para os seus gadgets.

o gdgt (pronuncia-se “gadget”), fundado por Peter Rojas e Ryan Block, os cofundadores do Engadget, o blog de tecnologia da AOL (sim, a AOL ainda existe e hoje é um empresa de conteúdo), é uma rede social que gira em torno dos gadgets que você tem, teve e quer. mas, principalmente, em torno das perguntas que você tem sobre esses gadgets.
se você tiver alguma dúvida sobre um ou mais gadgets, você pode fazer a sua pergunta, e os usuários que puderem responder, respondem.

e a variedade de gadgets que são o motivo dessas discussões vai de celulares, TVs e câmeras até pendrives e sistemas operacionais. aliás, dá até pra discutir e dar a sua opinião sobre o Newton MessagePad (o bisavô do iPhone)! ou seja, não importa o quão antiga seja sua bugiganga, se você puder dar sua opinião sobre ela, tiver uma pergunta ou puder dar uma resposta a uma pergunta sobre ela, dá pra fazer isso no gdgt.

só não gosto muito da organização de gadgets nas páginas de cada categoria, que é feita ou por data em que foi adicionado ou site, ou por nome. tem organização por fabricante, mas primeiro você tem que clicar num gadget desse fabricante, para depois clicar no link do fabricante para ver todos os seus produtos naquela categoria.

se estiver curioso, o site é gdgt.com. e se quiser me adicionar, o meu perfil está aqui. ;-)

entendendo as “upfronts” e as novidades na TV, daqui e de lá – e as minhas indicações pessoais


acaba de terminar a temporada de “upfronts” da TV aberta americana
, com as novas séries, os cancelamentos, as renovações e eventuais novos horários.
mas o que são as “upfronts”?

as “upfronts”, como seu nome sugere (upfront = “com antecedência”), são apresentações onde as redes de TV apresentam, de forma adiantada, suas grades de programação para o outono local – primavera no Hemisfério Sul – e além para o mercado publicitário, e os anunciantes interessados já vão pensando nos intervalos de onde colocar seus comerciais. alguns, inclusive, já fecham os primeiros contratos lá mesmo.

e como são os lançamentos de novos programas na TV brasileira? praticamente na véspera da estreia. uma, duas semanas, um mês no máximo. acredito que elas façam isso para evitar o risco de uma eventual “arma secreta” da concorrência (se essa concorrência não for a Globo, obviamente) atrapalhar tudo no dia da estreia. mas acredito que isso não dê tempo o suficiente pros anunciantes planejarem seu investimento publicitário (a menos que você seja a Globo, que pode até ditar as regras do mercado – nada da agência assinar o filme (ouviu, WMcCann?), nada de colocar o logo do seu dono (essa é pra você, Terra) e nada, absolutamente nada de mencionar o Facebook, o orkut e/ou o Twitter, e a própria Globo diz “siga @rede_globo” nos seus anúncios impressos, mas nada de mencionar o Twitter, se fizer uma dessas coisas ou mais, vai abrindo a carteira).

todas as TVs recebem e/ou produzem pilotos (episódios de teste de cada programa). alguns são aprovados. muitos são rejeitados. e, aqui no Brasil, alguns deles viram especial de fim de ano na Globo para depois, se derem certo, virarem uma série que vai passar depois da novela das oito nove ou do Fantástico. pelo menos aí os anunciantes têm uma chance pra pensar se anunciam ou não nesse programa. se ele sobreviver, obviamente.

enfim, o modelo de anunciar suas grades para o futuro próximo é um modelo que as TVs daqui poderiam experimentar, adaptando ao modelo delas, claro. mesmo porque nem sempre os programas duram. tanto lá quanto aqui (sabe a Aline, que foi cancelada antes da temporada acabar?).

agora, vamos às minhas indicações pras novidades (ou não) da TV americana no outono de lá (primavera daqui), o que ver e o que gravar no TiVo (ou qualquer outro gravador digital). se eu estivesse nos EUA, obviamente.

domingo: 7:30pm/6:30c – ver The Cleveland Show (FOX lá, FX aqui)
8pm/7c – ver Os Simpsons (FOX lá e aqui) / ou ver o Sunday Night Football (NBC lá, ESPN aqui) e gravar Os Simpsons
9pm/8c – ver Uma Família da Pesada (FOX lá, FX aqui) / ou ver o jogo e gravar o desenho
9:30pm/8c – ver American Dad! (FOX lá, FX aqui) / ou ver o jogo e gravar o desenho

segunda: 8pm/7c – ver Gossip Girl (CW lá, Glitz* aqui), gravar 2 Broke Girls (às 8:30pm/7:30c na CBS lá, ainda sem canal aqui) / ou ver Terra Nova (FOX lá, ainda sem canal aqui) e gravar GG e/ou 2 Broke Girls.
9pm/8c – ver House (FOX lá, Universal Channel aqui)

terça: 8pm/7c – ver Glee (FOX lá e aqui)
9pm/8c – ver Ringer (CW lá, ainda sem canal aqui), gravar New Girl (nome de trabalho, FOX lá, ainda sem canal aqui)

quarta: 8pm/7c – ver The X Factor (FOX lá, ainda sem canal aqui), mais por curiosidade, pra ver se é melhor do que a franquia Idol ou não
9pm/8c – ver Modern Family (ABC lá, FOX aqui)

quinta: 8pm/7c – ver The Big Bang Theory (CBS lá, Warner aqui), gravar Community (NBC lá, Canal Sony aqui). ou vice-versa.

sexta: 8pm/7c – ver Chuck (NBC lá, Warner aqui)
9pm/8c – ver Fringe (FOX lá, Warner aqui)

(minhas indicações estão sujeitas a alteração, seja por causa da minha preferência ou eventual mudança nas grades das TVs. quanto aos horários, a primeira hora é pros fusos horários do leste – NY, Miami, Boston – e Pacífico – LA, São Francisco, Seattle – e a segunda é pros fusos do centro – Chicago, Dallas, Nova Orleans – e montanha – Denver, Phoenix, Salt Lake City)

o nunca-empregado de 24 anos


eu tenho 24 anos e, acredite, ainda não consegui o meu primeiro emprego. por opção? obviamente que não. sim, estou atrás de uma vaga em publicidade (até porque eu fiz faculdade de publicidade, dããã). sei que não é fácil. mas tenho (pouca, mas tenho) esperança de que vou entrar. não tô atrás de vaga de diretor ou de CEO não, quero entrar de assistente mesmo (até porque, como terminei a faculdade faz 2 anos, não dá mais pra entrar de estagiário – mas, por outro lado, já cumpri minha cota de “tia do café” enquanto estava na agência da minha faculdade, e sem receber).

acontece que, muitos portfólios enviados e algumas entrevistas conquistadas depois, até agora não consegui nada e minha autoestima tá lá embaixo. e nem uma playlist de 72 horas composta apenas por “Beautiful” e “Firework” (sim, só essas duas músicas por 72 horas) vai conseguir me levantar.

“mas não é fazer tempestade num copo d’água?”, você me pergunta. e eu respondo “talvez”. imagina que você esteja atrás de um emprego. não um emprego onde você trabalhe só pelo dinheiro e foda-se o resto. mas um emprego que você de fato queira ficar pelo resto da sua vida (ou pelo menos por uns dois ou três anos).

claro, ter quem te indique é importante. mas… alguma das quatro pessoas que leem este blog trabalha em agência? e você que trabalha em agência (e me conhece, obviamente), me indicaria para o cargo que for, ou acha que isso iria custar a sua vaga (supondo que você seja um assistente)?
claro, também poderia mandar meu portfólio pras agências. e o que você acha que estou fazendo agora? jogando Angry Birds? sim. mas também estou mandando meu portfólio pras agências. o difícil é conseguir resposta delas. e dá pra contar nos dedos as entrevistas que já consegui desde a faculdade. eu escolho muito? sim, escolho, mas é porque não acho fazer panfletos de pizzaria (daqueles que você encontra em qualquer portão) uma grande contribuição para o meu desenvolvimento profissional (isso, qualquer filho de dono de pizzaria que “sabe mexer no Corel” faz, e eles preferem assim mesmo).

poderia até tentar vaga em outro lugar, como temporário de fim de ano numa livraria. aliás, foi o que eu fiz. e não consegui. talvez por causa da concorrência com aqueles que fizeram faculdade de biblioteconomia (e eu nem sabia que esse curso realmente existia). pra mim, nesse momento, qualquer vaga numa área que não seja a de publicidade ou a de conteúdo teria que ser mais um quebra-galho do que algo de longo prazo. ou você espera que eu só consiga entrar numa agência quando já tiver dinheiro o suficiente para comprá-la… e quando o governo federal se tornar o único anunciante do país (sim, é um cenário bastante apocalíptico, mas não é impossível de acontecer)?

será que o meu portfólio não é bom o suficiente? eu não sei. será que estou num tipo de “lista negra” das agências? também não sei. nem sei se esse tipo de lista existe. será que existe hoje em dia uma necessidade de coisas cada vez mais impossíveis no currículo só pra passar pela peneira do RH? não faço ideia. será que só entra em agência quem tem contato? espero que não.

#prontofalei

maio na televisão: “está pensando o mesmo que eu? BANHO DE LOJA!!!” – parte 2

e eu esqueci de mais um canal que vai passar por um… está pensando o mesmo que eu? BANHO DE LOJA!!! em maio. é que são tantos canais no mesmo período que esqueci dele. ;-)

trata-se do Animax, aquele canal que antes era dedicado ao anime (animação japonesa, sabe?), mas como era um nicho um tanto pequeno até para a TV a cabo, não conseguia muitos anunciantes. aí, decidiram diversificar a programação, e hoje é um canal para adolescentes com anime de madrugada (mas ainda tem anime). claro, o nicho pequeno, mas vocal, do anime reclamou. e muito. agora, o Animax vai mudar de nome para Sony Spin no dia 1º de maio (que é feriado, mas é domingo). a programação vai ser basicamente a mesma (inclusive as cores principais do Sony Spin são as mesmas do Animax – até tem o “i” do Animax no logo do Sony Spin), com algumas estreias (entre elas a 3ª temporada de 90210, que antes passava no Sony Entertainment Television). e sim, ainda vai ter anime de madrugada. as vinhetas do Animax são/eram do Superestudio argentino, e ainda não sei quem fez as do Sony Spin.

maio na televisão: “está pensando o mesmo que eu? BANHO DE LOJA!!!”

“banho de lo-o-ja, banho de lo-o-ja, banho de lo-o-ja / é tão bom! / banho de lo-o-ja, banho de lo-o-ja, banho de lo-o-ja / é tão bom! / pra todos nós!”

tá bom, nem todos vocês se lembram de Projeto Clonagem, que passava no Adult Swim, mas os poucos que se lembram, lembram dessas cenas e da música aí em cima.
mas por que trouxe isso pras suas lembranças? porque em maio, três canais de TV vão passar por um… tá pensando o mesmo que eu? BANHO DE LOJA!!!

começamos pelo Universal Channel, que deixa de lado o logo 3D, usado (em duas versões diferentes) desde que assumiu o lugar do USA Network, para seguir os outros Universal Channels ao redor do mundo, como parte de uma iniciativa global da NBCUniversal (dona do Universal Channel e de 50% da versão brasileira do canal – a outra metade é da Globosat). saem as vinhetas da americana Nailgun*, entram as vinhetas das britânicas Heavenly e We Are Seventeen (UPDATE: as britânicas fizeram as vinhetas de vários Universal Channels e a base das vinhetas da América Latina, que não foram feitas por eles, mas pela americana Roger). a mudança acontece já no dia 2 de maio.

o Discovery Home & Health, vulgo “GNT da Discovery Communications”, também vai ganhar uma cara nova em maio, deixando o Discovery Travel & Living como o último canal Discovery com algum sinal do logotipo antigo do Discovery Channel. não, não sei quem fez o logo novo.

finalmente, a Fashion TV Brasil (assim como a Fashion TV no resto da América Latina) vai ganhar mais do que, digamos, uma roupa nova (#piadainfame). vão ganhar um nome novo, passando a se chamar Glitz*. o motivo? o acordo da Turner Broadcasting (subsidiária da Time Warner que é dona da FTVLA/FTVBR) com a Fashion TV francesa não foi renovado, então tiveram que mudar de nome. e já falei várias vezes no Twitter @viakenny, no Tumblr e aqui mesmo no não é iogurte. que eles vão passar Gossip Girl a partir de julho maio, não falei? ;-)

quer ganhar uma iogurteira Top Therm de graça?

você já conhece a iogurteira Top Therm, não conhece? aquela da Aracy, que aparece em tudo quanto é programa durante a tarde, sabe? aquela que dá pra fazer o Único Iogurte Probiótico pra se Fazer em Casa™ com o fermento TopFit ProVitta, sabe? então, agora você pode ter uma iogurteira Top Therm DE GRAÇA!!!

“mas tem uma pegadinha”, você me pergunta. e tem sim. mas essa pegadinha é só assinar a coleção Emagreça com Saúde, e você leva todo mês, por um ano, dezenas de receitas aprovadas pelo Incor, e, encartados em cada edição, DOIS ENVELOPES DE FERMENTO TOPFIT PROVITTA!!! no total, são 24 envelopes pra fazer IOGURTE POR UM ANO INTEIRO!!!

este foi o post anual sobre iogurte do não é iogurte. nossos posts normais sobre assuntos que não são nem têm intenção de ser iogurte continuam durante todo o ano. ;-) (e eu não coloquei links pro site da Top Therm de propósito)

manual de redação e estilo não é iogurte.

ontem, lancei meu novo projeto: o tumblelog Brand Police, (UPDATE: o blog foi desativado, mas volta em breve) onde você pode fazer o papel de “fiscal dos guardiões de marca”, denunciando qualquer coisa que você achar que não está de acordo com a atual identidade de uma marca, por menor que seja o “delito”. enfim, é um lugar onde você pode ser o mais chato possível, o mais detalhista possível, o mais “Sheldon Cooper” possível quando o assunto é identidade de marca, visual, verbal ou qualquer coisa que for. e decidi aproveitar o momento para compartilhar com vocês o Manual de Redação e Estilo do não é iogurte.

como alguns de vocês sabem, jornais, revistas e outras publicações têm seus Manuais de Redação e Estilo, que têm como objetivo estabelecer uma “imagem” consistente entre os artigos de todos que trabalham nessas organizações. como o não é iogurte. tem apenas um autor, eu mesmo, o manual de redação e estilo não é iogurte. serve mais como um guia de estilo para os posts desse blog. mas na ocasião de mais pessoas escreverem pro blog, esse manual vai ser útil para eles.

aí vão as diretrizes:

  • frases devem sempre ser iniciadas por minúsculas, salvo quando for o nome de alguém ou de algo (a não ser quando o nome de algo for iniciado por minúsculas, como “manual de redação e estilo não é iogurte.”).
  • os nomes de marcas, organizações ou serviços devem ser mencionados da mesma forma que essas organizações se referem a si próprias (por exemplo: “PwC”, “foursquare”, “MINI”), salvo algumas exceções (ocasionalmente, a NIVEA poderá ser chamada de “Nivea” no blog, e o canal de televisão antes conhecido como “The History Channel”, que se refere como “HISTORY”, será referido no blog como “History”).
  • especificamente com relação ao Twitter, o ato de se escrever uma mensagem no Twitter será referido como “tuitar” (como o verbo recém-adicionado ao Dicionário Aurélio) “tweetar”, como o Twitter começou a se referir a esse ato a partir do lançamento da sua versão em português (mas como o Twitter demorou para oficializar a grafia do verbo pro público, Aurélio 1x0 Twitter), e tais mensagens serão referidas como “Tweets” (como o próprio Twitter se refere a essas mensagens).
  • o nome “não é iogurte.”, quando se referir ao blog, deve ser sempre escrito em minúsculas, em negrito e com um ponto final. porém, quando se referir a produtos e situações que não são iogurte, não precisa, necessariamente, seguir à mesma diretriz.
  • o proprietário do blog poderá fazer emendas a este manual a qualquer momento, portanto aceite este fato.
  • o não é iogurte., em hipótese alguma, salvo no dia 1º (primeiro) de abril, deverá publicar posts relacionados a iogurte ou produtos alimentícios semelhantes a iogurte.

qualquer dúvida, favor se comunicar com este que vos fala, nos comentários ou via Twitter.

patrocínio de nomes de emissoras de rádio: já estamos passando do limite?

segundo o Meio&Mensagem, dia 23 de fevereiro, a 89 FM de São Paulo e a Nestlé vão anunciar uma parceria, inicialmente de pouco mais de um ano, para dar à emissora o nome da sua linha de bebidas prontas para beber, a Linha Fast da Nestlé. vai nascer a 89 FM Fast Fast 89 FM. e eu pergunto: essa tendência de dar nomes de patrocinadores a emissoras de rádio está passando do limite?

branded content não é nenhuma novidade. existe desde o tempo do Onça (que só agora descobri quando que era). mas o aparecimento da Oi FM, da Rádio SulAmérica Trânsito 92,1 e da Mit FM 92,5 (antiga Mitsubishi FM, mas ainda com o patrocínio da Mitsubishi Motors) colocou o patrocínio de emissoras de rádio através de naming rights em evidência.
todas essas emissoras existem por um motivo (além de fazer os donos das emissoras faturarem mais, obviamente), que é divulgar uma marca ou um conceito através de um patrocínio desse tipo. também ajuda que essas emissoras são emissoras de nicho, cobrindo vários públicos muitas vezes ignorados por outras emissoras.

a Oi FM, por exemplo, como a Oi se posiciona como uma operadora diferente das outras, com aparelhos desbloqueados e planos sem multa, a Oi FM toca músicas que quase nenhuma outra emissora toca e tem participação dos ouvintes via torpedo (de um Oi, obvs). basicamente, é a estação que mais toca música indie por aqui, mas toca praticamente tudo. como eles mesmos dizem, tocam “as mais pedidas, as menos pedidas e as nunca pedidas”.
já a Rádio SulAmérica Trânsito veio primeiro do reconhecimento monstruoso da Porto Seguro, sua maior concorrente, no setor de seguro automotivo. e também da necessidade de uma emissora que fala sobre trânsito quase que o tempo todo numa cidade que fica presa no trânsito o dia inteiro como São Paulo. o reconhecimento, ou, como nós publicitários costumuamos dizer, awareness, da SulAmérica no mercado paulistano de seguro auto cresceu? cresceu. e muito. (e eles aproveitaram para patrocinar outra emissora, dessa vez na sua cidade-sede do Rio de Janeiro, a SulAmérica Paradiso 95,7, que tem boletins de trânsito a cada 15 minutos, mas é praticamente uma Alpha FM 101.7 / Antena 1 94,7 / qualquer coisa parecida com alguns programas temáticos a mais.)
e a Mit FM? aí o conceito é mais complicado. eles queriam uma rádio que representasse o posicionamento “4x4” da Mitsubishi, e que “traduz em música e conteúdo a liberdade, que une o gosto pela aventura e a emoção de transpor os obstáculos do dia-a-dia”, nas palavras deles. na prática, ela é uma Oi FM menos robótica (a Oi FM é operada automaticamente, com um ou outro programa ao vivo), um pouco menos indie e com um pouco mais de informação sobre rali (dããã), vela, surfe e tudo mais.

todas essas emissoras cobrem nichos do mercado de rádio (tanto que a Oi FM normalmente fica em último lugar na audiência, e eu costmo chamá-la de “a melhor emissora de rádio que ninguém ouve”). e a 89/89 Fast Fast 89? atualmente, a 89 é vice-líder no seu público, atrás apenas da Mix 106.3. então, por que o patrocínio da Linha Fast? vai mudar alguma coisa na programação? a Linha Fast vende tão mal assim (tipo, o debate sobre o Alpino Fast com sabor de Alpino, mas sem Alpino na fórmula causou tanto impacto assim, inclusive sobre Nescau Fast e Neston Fast? – nota do blogueiro: nunca experimentei nenhum dos três)? o faturamento da 89 vai tão mal assim, mesmo sendo vice-líder no seu público (e sendo irmã da Alpha FM, líder de audiência no público dela)?
fora que o nome “89 FM Fast Fast 89 FM” pode nem pegar, uma vez que o nome “89 FM” já está bastante consolidado, desde a época da 89 A Rádio Rock até hoje. e eles já tiveram uma experiência com naming rights, com a 89 C&A Celular (WTF?!).

uma coisa eu tenho certeza: a 89 FM Fast Fast 89 não vai ser a volta da 89 A Rádio Rock, deal with it. até porque a Kiss FM 102,1 (a única emissora dedicada ao rock em São Paulo) fica bem atrás da Transamérica Pop 100,1 na audiência (que fica atrás da Jovem Pan 100,9, que fica atrás da Metropolitana 98.5, que fica atrás da 89/89 Fast Fast 89, que fica atrás da Mix). melhor esperar pelo lançamento do rádio digital, e, se a multiprogramação for liberada (o povo contrário teme a dispersão ainda maior do público e da verba publicitária), talvez A Rádio Rock volte em um subcanal da 89/89 Fast Fast 89, por exemplo, em 89.1-2 se o padrão escolhido for o HD Radio, usado nos EUA.

um conselho: se você quiser fazer branded content em rádio, experimente um programa (em algumas emissoras da Oi FM, o Rádio Café, seu programa das 8 às 11 da manhã, se chama, ou chamava até um tempo atrás, “Rádio Café com AdeS”), já que uma emissora inteira, principalmente se ela já for uma emissora estabelecida no mercado, é algo mais arriscado. melhor tentar em regiões ou sem nenhuma emissora patrocinada, ou, no jargão do mercado, “customizada”, ou com poucas delas. e, de preferência, que essa emissora esteja horrível na audiência, pra ver se ela levanta a audiência ou pelo menos aumenta o awareness da marca. mas é bom saber a hora de parar ou desistir, antes que vire festa.

UPDATE: agora é oficial, a Fast 89 estreia neste domingo, 27 de fevereiro, às 18:00, em 89.1 MHz em São Paulo. o contrato vai durar inicialmente 15 meses (vamos esperar até o final de maio de 2012 pra ver se tudo vai dar certo, ou vai virar uma piada tamanho 89 C&A Celular). e a Luka (não, não é a do “tô nem aí”), dos tempos da 89 A Rádio Rock, vai voltar à emissora, no Play Fast 89, a partir de segunda, 20:00.

a nova identidade da NBCUniversal: “mais colorida” ou não?

a NBCUniversal (antiga NBC Universal, com espaço) apresentou seu novo logotipo sexta-feira (28.1.2011). mas antes explico quem é a NBCUniversal.
a NBCUniversal, ou “NBCU” para abreviar, é dona, além da NBC e da Universal Studios (dããã), do Syfy (ou, como minha tia chama, “sífi” – na verdade, a pronúncia é igual à de “sci-fi”), do Studio Universal (dããã), do Universal Channel (dããã, mas nem tanto no Brasil, onde ele é uma joint-venture com a Globo), entre outras empresas. como a NBC está com a audiência lá em baixo, e a NBCU vem perdendo dinheiro dia após dia, a GE (então sócia majoritária da NBCU), decidiu vender o controle da empresa para a Comcast, a maior operadora de TV a cabo dos EUA. a Comcast ficou com 51% da empresa, e a GE, com 49%.
agora vamos ao logo.

o logo anterior da NBCU era o mais óbvio de todos: o pavão da NBC com o globo da Universal. depois que a Comcast assumiu, eles sumiram do logo. reações na internet americana (que ainda está se recuperando do fiasco do logo da Gap) foram furiosas. principalmente porque mexeram em um dos logos mais conhecidos dos EUA, senão do mundo, o pavão da NBC.

mas esse logo novo é o logo do grupo, da empresa dona da NBC, e não o da rede de TV.
o pavão está a salvo, tanto no logo da NBC, quanto nos logos da MSNBC (o canal de notícias que tem a Microsoft como sócia minoritária – é de lá que vem o “MS”) e da CNBC (o canal de economia). e o globo ainda está no logo da Universal.

até faria uma analogia com os logos da Rede Globo e das Organizações Globo, mas como o logo da TV Globo mudou bastante desde o final dos anos 1980 (quando foi lançado o atual pavão da NBC), mas se manteve basicamente o mesmo (enquanto o logo da NBC, a rede de TV, não mudou nada desde então), só ver essa coleção de vinhetas da Globo no YouTube, deixei quieto.

ainda não sei quem fez o logo (e toda a identidade) da NBCUniversal, mas quem tiver feito vai ter que se defender. e muito. afinal, para muitos entusiastas de identidade, parafraseando Márcia Goldschmidt, “mexeu com o pavão da NBC, mexeu comigo!”.

UPDATE: quem fez a nova identidade da NBCUniversal foi a Wolff Olins (também responsável pelas identidades da Oi, da GE – sócia da NBCU, da Unilever e pela polêmica identidade das Olimpíadas de Londres 2012), mais detalhes aqui.

(e pra todos vocês que não entenderam a coisa do “mais colorida” no título do post, o atual slogan da NBC é “More colorful.”. e aproveito para dar um link pro case da atual identidade on-air “mais colorida” da NBC.)

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