Gossip Girl fora da grade da Warner em abril irrita muita gente, eu inclusive

 

flagrado: canal de TV a cabo aproveita grande estreia de série de ficção científica para deixar de lado adolescentes do Upper East Side em favor de uma equipe de resgate médico… cuja série já foi cancelada. é isso que o canal quer, ou acha que vampiros vão conseguir tirar a minha atenção? é esperar para ver. até lá, vocês sabem que me amam.
XOXO, Gossip Girl.

pode parecer um pouco estranho para vocês que eu, um rapaz de 22 (quase 23) anos goste de Gossip Girl. mas é mais estranho ainda o que a Warner Channel está fazendo com a série.
é que em abril tem a estreia de V, que entra no horário de Smallville (terça, 22:00). Smallville vai pro horário de Trauma (quarta, 22:00), e Trauma entra no horário de… Gossip Girl (domingo, 23:00, que já é um horário infeliz).

e o que tem de estranho nisso? Trauma já foi cancelada (apesar dos episódios restantes ainda irem ao ar nos EUA), enquanto que Gossip Girl foi renovada para uma 4ª temporada. claro que ainda faltam alguns episódios de Trauma para serem exibidos aqui, mas poderiam ir para outro horário, como quarta às 21:00 (atualmente ocupado por reprises de The Big Bang Theory – apesar desse cenário me incomodar, já que os inéditos passam enquanto passa Lost: terça, 21:00, no AXN) ou mesmo sexta, ou às 21:00 (atualmente reprises de Two and a Half Men) ou às 22:00 (o que atrasaria o filme do horário para 23:00).

ainda tem a estreia de Human Target, que entra no horário de Warehouse 13 (segunda, 23:00), cuja 1ª temporada já acabou, tanto lá quanto aqui.

tá certo que Gossip Girl não deu certo no SBT, mas isso tem um motivo: CSI. a Record aproveitou que Supernatural (que dava uma boa audiência no horário – 21:00 – e já estava chegando no fim da 4ª temporada) ia ser substituída por Gossip Girl e anunciou CSI desde o primeiro episódio no mesmo dia e no mesmo horário. deu certo. CSI também derrubou Smallville (tanto GG quanto SMV pararam de passar depois de uma temporada cada), que foi substituída por Cold Case. será que a estratégia “Jerry Bruckheimer contra Jerry Bruckheimer” (ele produz as duas séries) vai dar certo? é esperar pra ver.

segundo a diretora da Warner, a série “não agradou” (passar domingo às 23:00 também “ajuda”, viu?), mas o canal vai voltar a passar Gossip Girl em julho desde o primeiro episódio da primeira temporada. é um consolo, mas não o suficiente para compensar o fato que vão parar de passar com a temporada sem ter acabado, e o episódio de ontem (21.3.2010) foi e os das próximas uma ou duas semanas vão ser inéditos.

claro, eles até dizem que “séries adolescentes não serão mais o foco”, mas e quanto a The Vampire Diaries? tá lá, firme e forte, inclusive com duas reprises: uma no sábado às 19:00 e outra no domingo à meia-noite (depois de Gossip Girl Trauma). é muito raro algum episódio do Super Prime (o horário nobre da Warner) ter uma reprise na mesma semana (acredito que querem fazer que nem as redes abertas, tanto aqui quanto nos EUA: passa uma vez e depois não tem reprise, isso não é uma regra, mas é o costume). mas também acho que tem outro motivo para TVD continuar lá: tem vampiros. esse motivo não cola? então olha pro tanto que falam de Crepúsculo e True Blood.

o que fazer? baixar torrent ou esperar até julho, ou qualquer que seja o mês em que passem os últimos episódios da 3ª temporada (ou quando sair o DVD, o que vier primeiro)? eu fico com a primeira opção, mas não deixaria de ver na TV. afinal, são experiências completamente diferentes. de qualquer maneira, não sei se vocês me amam, mesmo assim,
XOXO, Arthur V.*.

p.s.: eu – como milhares de pessoas – me recuso a chamar a Gossip Girl de “Garota do Blog”

sobre São Caetano, o Cidade Limpa e tudo mais.

 

dentro de poucos dias, São Caetano do Sul (a.k.a. “a minha cidade”) vai sentir o mesmo que São Paulo (a poucos metros daqui) sentiu uns anos atrás. trata-se do Cidade Limpa (aqui chamado de “Cidade Limpa Cidade Linda”), que, caso você tenha ficado debaixo de uma pedra nos últimos anos, é um programa que tem como objetivos a quase que total eliminação da publicidade outdoor (mas que não se limita aos outdoors, conhecidos fora do Brasil como “billboards”) e redução da sinalização comercial a um tamanho tão pequeno que faz a Globo ficar com tesão (pelas suas políticas antipublicidade gratuita, pro pessoal debaixo da pedra).

haviam anúncios demais? sim, claro. as placas de lojas eram muitas e muito grandes? na maioria das vezes, sim, mas isso depende do lugar e de como que as pessoas chegam. no caso de São Caetano, como é uma cidade um tanto pequena (pequena o suficiente para não ter 2º turno na eleição para prefeito mesmo se ele não alcançar 50% dos votos + 1 voto – o que nas últimas votações por aqui não aconteceu), não tem/tinha tanto interesse dos anunciantes, mesmo sediando empresas como a GM e a Casas Bahia. mas comerciante, grande ou pequeno, quer cliente em qualquer lugar. e eles têm que chamar atenção de alguma maneira. isso levou às placas cada vez maiores.

tô defendendo o Cidade Limpa? sim e não. sim, porque têm que haver regras pra publicidade e sinalização externas antes que vire uma bagunça total. e não, porque não precisa ser a eliminação quase que total em toda a cidade.

pro pessoal anunciante, São Caetano faz parte do mercado radiodifusor (rádio e TV aberta) de São Paulo, e qualquer anúncio dirigido especificamente a essa cidade vai ter um alcance grande demais. os únicos meios que têm um alcance decente pra uma cidade desse tamanho são jornal (Diário do Grande ABC, a edição ABC do Bom Dia e a edição ABC do Metro), TV a cabo (a operação ABC da NET), Rádio ABC 1570 AM (que acho que ninguém ouve, ainda mais depois que o Lombardi morreu – sim, “o” Lombardi trabalhava na 1570) e outdoor. cidades fora do país têm ações, legislações e regras específicas para certas regiões com relação a esses assuntos. por exemplo, existem regiões da cidade de Nova York onde existe um cenário quase Cidade Limpa, e outras como Times Square, onde anúncios luminosos gigantes não são uma escolha, mas uma obrigação.

existem exceções? sim, mais até do que em São Paulo: pra GM, durante os seus famosos feirões na fábrica, e pra prefeitura fazer a sua propaganda (óbvio), porque mesmo com uma cidade tão pequena que vota sempre no mesmo pessoal, eles têm que fazer a propaganda deles, pra dizer “olha, a gente tá trabalhando!”. além disso, a popularidade do Cidade Limpa e do rodízio de caminhões colocaram o Kassab no mapa e ajudaram a fazer com que ele fosse reeleito em SP (a concorrência com a Marta também ajudou), e muitas cidades também querem essa popularidade emprestada.

mas hoje em dia, “cidade limpa”, por causa do Cidade Limpa, virou sinônimo de “cidade sem anúncios”, e não necessariamente de “cidade limpa”, sem lixo na rua (até hoje botam a culpa na população, com certa razão, mas ninguém quer perguntar por que o povo insiste em jogar lixo na rua, em vez de simplesmente fazer campanhas pro povo não fazer isso), com coleta seletiva decente (em São Caetano tem, mas o povo não confia, principalmente por, algumas vezes, ter visto o lixo reciclável, que deveria estar separado, jogado todo junto nos caminhões), e qualquer coisa que tenha a ver com limpeza urbana. mas o nome “Cidade Limpa” ajudou também a fazer a popularidade do programa: é simpático, não tem a imagem da Marta colada nele (ao contrário do Operação Belezura, que era basicamente um Cidade Limpa sem anabolizantes), e quem não quer uma cidade limpa?

resumo da ópera: quer chamar a atenção em São Caetano? anuncie. quer anunciar em São Caetano? tenha muito dinheiro para anunciar no cabo, em jornal ou no AM 1570 (em lista telefônica praticamente todo mundo que tem um negócio aqui anuncia), ou morra na grana para anunciar em rádio e/ou TV aberta (e sua mensagem também vai ser ovuida e/ou vista em Osasco, por exemplo).
e se você for um prefeito e quiser fazer o seu Cidade Limpa (isso também vale para eventuais revisões do Cidade Limpa original), tenha bom senso em vez de simplesmente acabar com tudo. alguns lugares poderiam ter anúncios e placas maiores, outros não. não traz tanta popularidade quanto a eliminação quase total, mas faz mais sentido.

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