o povo a favor de Felipe Neto. e o povo contra.

vocês já devem ter ouvido falar da saga Crepúsculo. aquela, dos vampiros que, nas palavras de Andreia “Portuguesa” Duboc-Pazos (esposa do Azaghâl – vulgo Deive Pazos – do Jovem Nerd / Nerdcast), quando saem no sol, em vez de virarem cinzas, viram a Globeleza (Nerdcast 189). (e pensar que já pedi o primeiro livro da saga no amigo secreto da firma uns anos atrás. fiquei feliz em não ganhar. mas quem está falando? alguém que comprou o 1º livro da série Gossip Girl mais ou menos um mês depois.)
e já devem ter ouvido falar de Felipe Neto, principalmente do seu vídeo no YouTube falando sobre Crepúsculo (não viu? crie vergonha na cara e clique no “play” aí embaixo) e da sua participação no MTV Debate sobre (o que mais?) Crepúsculo.

agora, defendendo Crepúsculo (e outras vítimas do “Não Faz Sentido!”, como Fiuk – o filho do Fábio Jr. que não é a Cléo Pires, Justin Bieber e a série Vida de Garoto, da revista Capricho), aí está uma garota extremamente fanática. tão fanática que precisa usar um pouco de razão no meio de tanta emoção.

uns comentários: se pra ela o Felipe Neto tem quase 30 anos (ele tem 22 anos), eu tenho, nos padrões dela, quase 35 (tenho 23 anos). Crepúsculo é um filme, OK. antes de ser um filme, era um livro. não estou questionando o fato de Crepúsculo ser ou não um livro ou um filme. mas talvez ela não entenda que existem pessoas (muitas delas, eu inclusive), que não gostam de Crepúsculo. quanto ao pessoal ter inveja do Fiuk e do Justin Bieber, eles têm inveja do sucesso deles, da popularidade e de quanto eles faturam, fato. acontece que os que reclamam gostam mais do estilo “machão” (ou simplesmente são “machões”), que é a última coisa que o meio-irmão da Cléo Pires e o canadense que se fez com a internet são.

eu tô do lado do Felipe Neto, mas entendo como os fanáticos por qualquer coisa se sentem. quero dizer, é só olhar pros religiosos fanáticos por aí. mas é assim, todos atrás de algo no qual concordam, e se fizerem sentido (ao contrário da menina tentando defender Fiuk e cia.), melhor ainda (por isso tô do lado do Felipe).
#prontofalei

MTV Brasil: a MTV menos MTV do mundo, de novo.

não é novidade que não tenho mais visto a MTV como antes. não pela comunidade emo (e derivados, como o happy rock) ou pelos Colírios Capricho, mas por ter clipes demais e fugir do estilo da MTV, hoje (tanto que os Colírios são o mais perto que a MTV Brasil chegou disso).

agora, a MTV Brasil foi longe: decidiu lançar um jornal gratuito. sabe o Metro? o Destak? qualquer jornal gratuito que lançam por aí pra pegar carona no sucesso? então, a MTV, através de sua dona, a Abril (sua dona no Brasil, porque a maior parte das MTVs no mundo, incluindo a matriz e a marca MTV são da Viacom), lançou o MTV na Rua. é basicamente um jornal gratuito com a linguagem “MTV Brasil”. enquanto isso, na matriz, a MTV News (já sem os tradicionais boletins às 10 para cada hora, de hora em hora) fala mais do mundo da música, filmes e videogames (enfim, entretenimento em geral), mas quando chega o período eleitoral, eles não deixam em branco.

fora que a MTV Brasil mantém o nome “VJ” vivo para todos os seus contratados, mesmo que não apresentem videoclipes. já na matriz, VJ só é VJ quando apresenta clipes. ou seja, não tem nenhum VJ (até porque a AMTV, bloco matinal de clipes da MTV e MTV2, não tem apresentador), mas estão fazendo um concurso de seleção de “TJ” (“Twitter jockey”).

fora que colocam o atual carro-chefe da matriz, Jersey Shore, sexta às 23:30 (culpe a classificação 16 de Jersey Shore e a MTV BR ser canal aberto – programas da faixa 16 só podem passar em TV aberta entre 22:00 e 6:00 de cada fuso horário do país, e o fuso de Manaus fica 1h atrás de Brasília). se fosse TV a cabo (como a matriz), poderia passar no horário nobre. nem preciso falar de deixar o Multishow comprar The Hills e The City (outros programas de grande audiência da matriz). será que a MTV compra The Hard Times of RJ Berger (mas passa de madrugada, por causa da sua temática), ou deixa outro canal comprar?

o problema não é a MTV virar o que ela é hoje. o problema é a MTV Brasil não acompanhar. e a Abril não desistir do canal, em vez de simplesmente vender pra Viacom e transformá-lo em canal a cabo.
#prontofalei

todo mundo odeia o logo da Copa 2014: versão americana: Pentagram, Nova York.

fato: o emblema oficial da Copa do Mundo da FIFA™ Brasil 2014 não é uma unanimidade (e já é a segunda vez que digo isso).

o que também é fato é que agora todo mundo quer alguma coisa para compensar isso. a bola da vez (com trocadilho)? a identidade da candidatura dos EUA à Copa de 2018 ou 2022 (as duas sedes serão decididas ao mesmo tempo, em dezembro).

os logos das candidaturas são padronizados, com símbolo da candidatura à esquerda e o da confederação do país candidato à direita (os logos de todas as candidaturas estão no artigo na Wikipédia, e ilustrando o post tem como seria o logo da candidatura de 2014 se já fosse sob esse padrão). o que fazer para compensar isso? uma identidade bastante tipográfica. os responsáveis são Michael Gericke e Luke Hayman, designers do estúdio de design Pentagram.

ninguém sabe se os EUA vão ser a sede ou de 2018 ou de 2022, mas se os EUA forem uma das sedes escolhidas, a identidade da competição com certeza não vai ser essa (taí um balde de água fria na comunidade designer, aparentemente já apaixonada por essa identidade, primeiro por ser da Pentagram, segundo por não ser de uma agência de publicidade, e terceiro por não ser o logo de 2014), já que, para toda grande competição esportiva, existe a identidade da candidatura e a identidade da competição propriamente dita.

um consolo pra vocês designers: o logo das Olimpíadas do Rio de Janeiro 2016 vai ser anunciado na virada de 2010 para 2011, a concorrência já chegou à fase final e todas as finalistas são agências de design (uma delas, a Dupla Design, foi responsável pelas identidades dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007 e da candidatura do Rio a 2016).

em busca de uma nova casa para Gossip Girl

é oficial: julho já chegou e nada das reprises de Gossip Girl prometidas pela Warner. e será que eles não vão mesmo passar os últimos episódios da 3ª temporada ou mesmo a 4ª temporada (que vai estrear nos EUA lá pra setembro)?
se isso realmente acontecer, eu digo alguns possíveis canais que, na minha opinião, deveriam comprar a série:

Animax Animax: prós: canal adolescente, da Sony Pictures (cujo canal Sony já passou várias séries da Warner Bros. Television, como Friends e ER – até a Warner comprá-las, The Drew Carey Show e a versão americana de Whose Line is it Anyway?).
contras: não tem uma audiência comparável à da Warner (mas Gossip Girl poderia alavancá-la) e a Sky acabou de tirar o canal de seus novos combos, disponível apenas pros assinantes do pacote Sky Plus 2011, que não integra nenhum combo. (obs.: sou assinante da NET)

Boomerang Boomerang: prós: canal adolescente, de propriedade da Time Warner, através da Turner (também responsável pelo departamento comercial da Warner), já passa Gilmore Girls, dublado (pró para alguns telespectadores).
contras: encurta as aberturas das séries, assim como o irmão Cartoon Network, acelera os créditos (em vez disso, por que não colocar chamadas junto dos créditos, como faz a FOX?), só usa classificação L (quando poderia usar também as faixas 10, 12 e 14 – a última é a classificação de GG na Warner e no SBT), dublado (contra para alguns telespectadores).

Multishow Multishow: prós: audiência considerável, já passa séries como Degrassi: Nova Geração e Sex and the City e reality shows como The Hills e The City, ou seja: bastante amigável ao telespectador padrão de GG.
contras: nunca passou nenhuma série da Warner Bros. Television, séries de ficção no canal atualmente são poucas (principalmente Sex and the City e Ser Humano), tem versão em alta definição, mas atualmente é só musical.

FOX FOX: prós: audiência considerável, já passou One Tree Hill e Nip/Tuck (produções da Warner Bros. Television), dublado (pró para alguns telespectadores), tem versão em alta definição (FOX / Nat Geo HD).
contras: logotipo ligado o tempo todo, até no intervalo (a Warner também faz isso, mas foi a FOX que começou com tudo), dublado (contra para alguns telespectadores).

todo mundo odeia o logo da Copa 2014: agora, nas internets.

 

fato: o emblema oficial da Copa do Mundo da FIFA™ Brasil 2014 não é uma unanimidade.

fato: muitas pessoas comuns reclamam dele por ele parecer o Chico Xavier psicografando, e muitos designers reclamam porque ou as ideias deles foram rejeitadas pela FIFA, ou porque fariam melhor ou porque simplesmente têm ódio a agências de publicidade pegando trabalhos que, para eles, poderiam ter ido para agências de design. (a propósito, o logo oficial foi obra da Africa, ela mesma, a principal agência do Grupo ABC, do Nizan Guanaes)

palpite: escolheram pessoas do calibre de Paulo Coelho, Gisele Bündchen, Ivete Sangalo e Hans Donner (além do cartola-mor Ricardo Teixeira) para o “comitê de notáveis” para seleção do logo de 2014 em vez de um grupo de designers por um simples motivo: os designers iriam decidir por unanimidade que fariam melhor.

fato: mesmo que o logo do Gabriel Nielsen (esquerda, popularizado pelo Brainstorm #9) fosse escolhido, seria imediatamente ignorado. o motivo? um papagaio (ou uma arara, ou a ave que for) já foi usado como logo da Copa do Mundo de Futsal da FIFA (direita), que aconteceu aqui mesmo, no Brasil, em 2008.

fato: o mascote da Copa do Mundo da FIFA™ Alemanha 2006, Goleo VI, é horrível. (OK, fugi um pouco do assunto)

#prontofalei

SWU: o festival com mais hype por quilômetro quadrado EVER.

vocês já devem ter ouvido falar do SWU: Começa com Você (a sigla SWU vem de “Starts With You”, “Começa com Você” em inglês). segundo o pessoal por trás dele, é um “movimento de conscientização em prol da sustentabilidade” (buzzwords, muitas buzzwords), que por sua vez dá origem ao SWU Music+Arts Festival, que vai acontecer na Fazenda Maeda em Itu.
o objetivo deles é fazer um “Woodstock brasileiro” (tanto, que alguns boatos antes do anúncio diziam que iria se chamar “Woodstock Brasil”), ou um “Coachella brasileiro”, ou mesmo um “Glastonbury brasileiro”, enfim, qualquer festival descolado que aconteça por aí.

pra mim, o SWU é um festival, e um festival que se leva muito a sério.

claro, Coachella tem muitas ações “verdes”, e Glastonbury sempre seu apoio a várias causas, fora que ele também acontece em uma fazenda (mas isso já acontece há décadas). mas eles não se levam tão a sério como movimento quanto o SWU. quero dizer, eles não se vendem como uma causa meses antes do festival, nem chamam megacelebridades para venderem a causa. em vez disso, eles se vendem como festivais, vendem suas atrações e aproveitam para vender as causas apoiadas por eles.

nem o Rock in Rio se leva tanto a sério. claro, ele sempre é “por um mundo melhor” e tem um fórum de debates (como os festivais já citados), mas ele foi criado para promover a cerveja Malt 90 (que só não era a Kaiser do seu tempo porque a Kaiser já existia – vamos dizer que ela é a Nova Schin do seu tempo), e nunca quis se vender como uma grande causa social, apenas como um megafestival. e o Rock in Rio conseguiu viver bem mais do que a Malt 90. claro que passou os últimos anos em Lisboa e Madri, tanto que até chamo o Rock in Rio Lisboa de “Rock in Rio Tejo”, só pra fazer um pouco mais de sentido. mas ele volta pro Rio (o de Janeiro), já no ano que vem.

e duvido que tenha alguém (que não tenha recebido bola dos organizadores) prefira falar do movimento SWU do que do festival SWU. todo mundo fala das atrações, dos ingressos e de outras coisas que importam.

resumo da ópera: se for organizar um festival, coloque o que interessa em primeiro lugar, em vez de criar um movimento, uma causa ou qualquer coisa do tipo, e criar um festival só pra apoiar essa causa que vocês lançaram.
#prontofalei

p.s.: esse é o primeiro de vários posts-desabafo aqui no não é iogurte. só pra avisar.

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