MacBook Air de 11,6 polegadas: mas o Steve Jobs não odiava netbooks?

a Apple realizou hoje (20/10/2010) um evento focado no Mac, apresentando o iLife ‘11 (que inclui modo de produção de trailers no iMovie e um iPhoto com cara de iOS), uma prévia do Mac OS X 10.7 Lion (com alguns recursos emprestados do iOS) – por que não lançam logo o Mac OS XI (“Mac OS Onze”)?, o lançamento do FaceTime (como visto no iPhone 4 e iPod touch 4G) para Mac e da Mac App Store (não, ela não vai ser o único lugar pra se comprar e baixar programas para Mac).

mas é claro que o destaque ficou pro hardware. nesse caso, foi o novo MacBook Air. Steve Jobs descreveu ele como “o que aconteceria se um MacBook Pro e um iPad se juntassem”. o resultado: trackpad com gestos de multitoque (como já vistos nos outros MacBooks, no Magic Mouse e no Magic Trackpad), ausência de drive ótico (nenhuma novidade, já que o MBA nunca teve drive ótico) e ausência de disco rígido (isso sim é novidade pro MBA, já que a memória dele é flash e sem a necessidade de um SSD – drive em estado sólido), além de uma bateria que dura até 30 dias-Apple em standby (a duração real costuma ser bem menor). a outra grande novidade é que além do modelo de 13,3 polegadas, que pesa 1,32kg, a Apple lançou um modelo de 11,6 polegadas, que pesa 1,03kg e custa (nos EUA) US$999.

o problema? é que, com uma configuração de processador Intel Core 2 Duo de 1,4GHz, 2GB de RAM, 64GB de memória flash e tela de 11,6 polegadas, o MacBook Air menor é um netbook! isso pode não ser um problema pra você, mas Steve Jobs já declarou seu ódio a netbooks no começo desse ano, declarando que “netbooks não são melhores em nada” e que “eles são só laptops baratos”. então por que a Apple lançou algo que é praticamente um netbook? porque, custando US$999, o MBA de 11,6pol não é barato (um Eee PC equivalente, com Intel Atom N450 (de 1,66GHz), tela de 12,1pol, 2GB de RAM e HDD de 250GB sai por menos da metade do preço: US$399). claro, um iPad Wi-Fi de 16GB custa US$499, mas é só US$100 a mais do que o netbook mencionado, e não mais que o dobro do preço.

ente um iPad e um MacBook Air de 11,6pol, eu compraria um iPad. e entre um MBA menor e um MacBook Pro de 15 polegadas, um MBP, fácil. por quê? o MacBook Air não tem drive ótico, a memória é pequena para um notebook (até mesmo para um netbook) e dá pra fazer muito bem as funções principais de um netbook num iPad. se é pra fazer algo que precisa de um notebook, que seja num notebook de verdade.

GetGlue: quase um foursquare, mas pra sua vida em casa. ou não!

alguns de vocês já devem ter ouvido falar do foursquare. se não tiver ouvido falar, eu explico: é uma rede social online baseada em geolocalização, ou seja, você divide as suas experiências com os seus amigos onde você for, e vice-versa, além de você descovbrir coisas novas onde você for e acumular badges (ou “distintivos”, ou a palavra que você quiser) dependendo de onde você fizer check-in. e a ideia de rede social-jogo-tudo mais se espalhou, inclusive para quando você estiver dentro de casa (ou não) vendo TV, lendo um livro, jogando alguma coisa, etc. essa é a premissa do GetGlue.

nele, você divide com os seus amigos as coisas das quais você gosta, fazer check-in no que você está fazendo agora, recebe sugestões de programas de TV, filmes, livros, jogos e tudo mais parecidos com os seus preferidos, além de comentar sobre as suas coisas preferidas.
dá pra fazer check-in pelo seu navegador preferido ou por aplicativos para iOS (iPhone/iPod touch e iPad) e para Android, além de fazer check-ins em alguns sites cadastrados através de complementos pro Firefox e pro Chrome (que, aliás, foram onde o GetGlue começou).

e o legal é que, dependendo do que você faz, você acumula stickers (ou “adesivos”, como preferir), foursquare-style. além disso, vários estúdios, canais de TV, editoras e outras empresas fizeram stickers temáticos para seus conteúdos, dependendo do que você fizer. mais uma vez, que nem no foursquare. acontece que, quando você acumula 7 stickers, você pode pedir pra AdaptiveBlue (os desenvolvedores do GetGlue) te mandarem de graça (nos EUA é certeza, mas não sei se mandam “de grátis” para outros países) os seus stickers em forma de… adesivos! isso, o foursquare não faz!

se você se interessar, é só se cadastrar, com uma conta normal ou com a sua conta do Facebook. e aproveita pra me adicionar aos seus amigos. ;-)

PlayStation 3 no Brasil: por apenas um fígado!

não faz muito tempo atrás, a Sony lançou oficialmente o PlayStation 3 no Brasil. garantia? ótimo. assistência técnica? beleza. preço? aí a coisa muda de figura. um PS3 com HDD de 120GB sai pela… pechincha de R$2000. nos EUA, ele sai por US$399 (cerca de R$660), mais os impostos sobre vendas (que variam de estado para estado e até de cidade para cidade – por exemplo, a alíquota é de 6,25% em Boston, 7% em Miami, 8,875% em Nova York e de 9,75% em Los Angeles. valeu, WolframAlpha!).

a concorrência? um Wii (branco ou preto, com Wii Sports, Wii Sports Resort e o acessório Wii MotionPlus) sai por R$900 e um Xbox 360 sai entre R$1000 (Arcade branco, memória de 256MB, Fable II e Banjo-Kazooie: Nuts & Bolts) e R$1600 (Elite preto, HDD de 120GB, controle remoto universal, cabo de rede e os mesmos jogos do kit Arcade), fora a assinatura do Xbox Live, se você quiser jogar online.

carga tributária é um problema? é sim. mas a Sony deveria pensar um pouco no preço no PS3, ainda mais porque, nos EUA, o PS3 é um dos tocadores de Blu-ray mais baratos e mais versáteis do mercado (a última atualização faz ele tocar Blu-ray 3D – se você tiver uma TV 3D, obviamente), e aqui, quase todo tocador de Blu-ray é mais barato que um PS3 (seja ele da Tectoy, da Samsung ou mesmo da própria Sony).
além disso, a Sony está em guerra contra os grandes varejistas, como o Carrefour, as Lojas Americanas e a B2W (Submarino, Americanas.com e Shoptime), que usam meios, digamos, “alternativos” para vender o PS3 por um preço no mínimo decente (cerca de R$1100). o negócio vai ser comprar na Santa Ifigênia ou pedir um pro seu primo que mora em Boca Ratón (onde, a propósito, o imposto sobre vendas é de 6,5%).

resumindo: você compraria um PS3 por R$2000? eu não. mesmo com toda a garantia e a assistência. nessa questão, todo mundo tem que fazer a lição de casa. seja o governo (aliás, o 2º turno da eleição é dia 31 de outubro, viu?), sejam as empresas, principalmente a Sony.

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